GRADIENTE URBANO
Resumo
Como en muchos otros países, las medidas oficiales de urbanización en Brasil no han podido distinguir adecuadamente los patrones espaciales de organización rural y urbana. La literatura discute varios sistemas de clasificación y reconoce la existencia de un “continuum rural-urbano”, así como marcos teóricos y categorizaciones alternativas con el objetivo de superar la dicotomía urbano-rural. Sin embargo, no existen soluciones prácticas que los formalicen y operacionalizan adecuadamente, especialmente a nivel micro, como las secciones censales. Proponemos una metodología que asume un continuo rural-urbano medible. El “Índice de Gradiente Urbano” utiliza variables simples y amplias para cuantificar el grado en que un área determinada es urbana en función de características demográficas y espaciales. Lo construimos a nivel de secciones censales para Brasil y la Región Metropolitana de Belo Horizonte para verificar la consistencia entre diferentes niveles de agregación. Los resultados indican que el índice proporciona una imagen mucho más matizada de los patrones de asentamiento, revelando un gradiente espacial entre lo rural y lo urbano en distintas extensiones espaciales. Ofrece una ventaja sobre la tradicional medida “grado de urbanización” al revelar “ruralidades ocultas” en áreas predominantemente urbanas que requieren intervenciones específicas de planificación territorial y políticas públicas.
Palavras-chave: Gradiente Urbano, Continuum Rural-Urbano, Planejamento Territorial, Região Metropolitana De Belo Horizonte, Brasil.
Referências
BARBIERI, A. F.; MONTE-MÓR, R. L.; & BILSBORROW, R. E. Towns in the jungle: exploring linkages between rural-urban mobility, urbanization and development in the Amazon. In A. Sherbinin et al. (Eds.), Urban Population and Environment Dynamics in the Developing World: Case Studies and Lessons Learned, Paris, CICRED, p. 247–279, 2009.
BRASIL. Decreto-Lei nº311, de 2 de março de 1938. Dispõe sobre a divisão territorial do país, e dá outras providências. In: Diário Oficial da União - Seção 1 - 7/3/1938 (pp. 4249), Rio de Janeiro, 1938.
BREZZI, M.; L. DIJKSTRA; V. RUIZ, OECD Extended Regional Typology: The Economic Performance of Remote Rural Regions, OECD Regional Development Working Papers, OECD Publishing, 2011.
BROWDER, J O.; GODFREY, B J. Rainforest Cities: Urbanization, Development and Globalization of the Brazilian Amazon. New York, Columbia University Press, 1997.
BROWN. D L.; CROMARTIE, J B. The Nature of Rurality in Postindustrial Society. In T. Champion & G. Hugo (Eds.), New Forms of Urbanization: Beyond the Urban-Rural Dichotomy, Aldershot, England, Ashgate, p. 269-284, 2004.
CARVALHO, G. A.; MOURA, A.C.; HADDAD, M.A. Avaliação da expansão da infraestrutura em esgotamento sanitário na mancha conurbada da Região Metropolitana de Belo Horizonte: 2000 a 2010. Revista Brasileira de Cartografia, 68, 163-179, 2016.
CHAMPION, T; HUGO, G. (eds) New Forms of Urbanization: Beyond the Urban Rural Dichotomy. Ashgate, Aldershot, UK, 2004.
COSTA, G. M., SANTOS, R.O. & COSTA, H.S.M. Reflexões metodológicas sobre a relação rural-urbano a partir da teoria e de evidências socioespaciais da RMBH. Revista Geografias, 104-120, 2013.
DEWEY, Richard. The rural-urban continuum: Real but relatively unimportant. American Journal of Sociology, v. 66, n. 1, p. 60-66, 1960.
DUNCAN, OTIS D. Community Size and the Rural-Urban Continuum. In: HATT, P. K.; REISS, A.J., (ed.) Cities and Society. Glencoe, 1957.
MOHAMMED FIROZ, C.; BANERJI, Haimanti; SEN, Joy. A Methodology to Define the Typology of Rural Urban Continuum Settelments in Kerala. Journal of Regional Development and Planning, v. 3, n. 1, p. 49, 2014.
GOLDING, Shaun A.; WINKLER, Richelle L. Tracking urbanization and exurbs: migration across the rural–urban continuum, 1990–2016. Population research and policy review, v. 39, n. 5, p. 835-859, 2020.
HALFACREE, K. Rethinking "Rurality". In: CHAMPION, T. & HUGO, G. (Eds.), New Forms of Urbanization: Beyond the Urban-Rural Dichotomy, Aldershot, England, Ashgate, p. 285-304, 2004
HUGO, Graeme; CHAMPION, Anthony; LATTES, Alfredo. Toward a new conceptualization of settlements for demography. Population and Development Review, v. 29, n. 2, p. 277-297, 2003.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico do Brasil. Rio de Janeiro, IBGE, 2010
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Base de informações do Censo Demográfico 2010: resultados do universo por setor censitário. Rio de Janeiro, IBGE, 2011.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2014). Manual da base territorial. Rio de Janeiro, IBGE, 2014
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Classificação e caracterização dos espaços rurais e urbanos do Brasil: uma primeira aproximação. IBGE, Coordenação de Geografia. – Rio de Janeiro, IBGE, 2017
IICA - Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura. Concepções da ruralidade contemporânea: as singularidades brasileiras. In: MIRANDA, C.; & SILVA, H. (Eds.), Série Desenvolvimento Rural Sustentável (v.21), Brasília, IICA, 2013.
MACEDO, Diego Rodrigues; UMBELINO, Glauco. Validação de informações intercensitárias (1991-2000) em escala intra-urbana em belo horizonte. Cadernos do LESTE, v. 10, n. 10, 2010.
LERNER, Amy M.; EAKIN, Hallie. An obsolete dichotomy? Rethinking the rural–urban interface in terms of food security and production in the global south. The Geographical Journal, v. 177, n. 4, p. 311-320, 2011.
MACEDO, D.R.; HUGHES, R.M.; KAUFMANN, P.R.; CALLISTO, M. Development and validation of an environmental fragility index (EFI) for the neotropical savannah biome. Science of The Total Environment, 635: 1267–1279, 2018
MACEDO, D.R.; HUGHES, R.M.; FERREIRA, W.R.; FIRMIANO, K.R.; SILVA, D.R.O., LIGEIRO, R.; KAUFMANN, P.R.; CALLISTO, M. Development of a benthic macroinvertebrate multimetric index (MMI) for Neotropical Savanna headwater streams. Ecological Indicators, 64: 132–141, 2016
MACEDO, D.R.; UMBELINO, G. Análise espacial da evolução da urbanização em Belo Horizonte (1918-2010) e suas relações com os indicadores de renda e estrutura etária nos Censos de 2000 e 2010. VII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Población - XX Encontro Nacional de Estudos Populacionais, Foz do Iguaçu, Brasil, 2016
MATTOS, C. A. Globalización y metamorfosis metropolitana en América Latina: De la ciudad a lo urbano generalizado. Revista de Geografía Norte Grande, 47, 81-104, 2010
MONTE-MÓR, Roberto Luís de Melo. Cidade e campo, urbano e rural: o substantivo e o adjetivo. In: FELDMAN, S.; FERNANDES, A. (Eds.), O urbano e o regional no Brasil contemporâneo: mutações, tensões, desafios. Salvador: EDUFBA, p. 93-114, 2007.
MONTE-MÓR, Roberto Luís de Melo Urbanização extensiva e lógicas de povoamento: um olhar ambiental. In: SANTOS, M.M. et al. (Eds.). Território, globalização e fragmentação, São Paulo: Hucitec/Anpur, p. 169-181, 1994
MOURA, R. Arranjos urbano-regionais: Uma categoria complexa na metropolização brasileira. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 10(2), 29-49, 2008.
OECD. “Regional typology: Updated statistics”, 2009 www.oecd.org/gov/regional/statisticsindicators.
OPENSHAW, S. The Modifiable Areal Unit Problem: concepts and techniques in modern geography 38, GeoBooks, Norwich, 1984
PAHL, R.E. The rural-urban continuum. Sociologia Ruralis, 6, 299-329. 1966, doi:10.1111/j.1467-9523.1966.tb00537.x
QADEER M. A. Ruralopolises : The Spatial Organisation and Residential Land Economy of High-density Rural Regions in South Asia. Urban Studies. 37(9):1583-1603, 2000 doi:10.1080/00420980020080271
RAJAGOPALAN, C. The Rural-Urban Continuum: A Critical Evaluation. Sociological Bulletin, vol. 10, no. 1, pp. 61–74, 1961
SETO, K. C.; Fragkias, M., Güneralp, B., Reilly, M. K. A Meta-Analysis of Global Urban Land Expansion. PLoS ONE 6(8): e23777. 2011. doi:10.1371/journal.pone.0023777
SETO, K. C.; Sanchez-Rodrıguez, R.; Fragkias, M. The New Geography of Contemporary Urbanization and the Environment. In: Annual Review of Environment and Resources. 35:167-194. 2010.
SILVA, J. G.O. O novo rural brasileiro. Nova Economia, 7(1), 1997
SILVA, J. C. T. P.; SATHLER, D.; MACEDO, D. R. Morfologia urbana e crescimento periférico nas cidades médias brasileiras: geotecnologias e inovações metodológicas aplicadas a Montes Claros, Minas Gerais. Revista Brasileira de Estudos de População 39:e0206. 2022. doi: 0.20947/S0102-3098a0206
STODDARD, J. L., HERLIHY, A. T., PECK, D. V., HUGHES, R. M., WHITTIER, T. R., TARQUINIO, E. A process for creating multimetric indices for large-scale aquatic surveys. Journal of the North American Benthological Society, 27(4), 878-891, 2008
UMBELINO, Glauco; DAVIS, Clodoveu. Simulação da quantidade máxima de domicílios permitida por quadras em Belo Horizonte. Revista Brasileira de Estudos de População, v. 32, p. 511-535, 2015.
UN-HABITAT - United Nations Human Settlements Programme. World Cities Report 2022: Envisaging the Future of Cities. 2022.
UNSD - United Nations Department of Economic and Social Affairs, Statistics Division Statistics Division. Principles and Recommendations for Population and Housing Censuses, Rev.3, New York, United Nations, 2017
UNPD - United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division. World Urbanization. Prospects: The 2018 Revision (ST/ESA/SER.A/420). New York, United Nations, 2019
USDA Economic Research Service. Rural Urban Continuum Codes, 2013 Available at: https://www.ers.usda.gov/data-products/rural-urban-continuum-codes/documentation/#DataSources
WILLIAMSON, D. F., PARKER, R. A., KENDRICK, J. S.. The box plot: a simple visual method to interpret data. Annals of internal medicine, 110(11), 916-921, 1989

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à MERCATOR o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Autores são responsáveis pelo conteúdo constante no manuscrito publicado na revista.



