SOCIAL CARTOGRAPHY OF ENVIRONMENTAL INJUSTICE IN CHAPADA DO APODI, CEARÁ
Abstract
Chapada do Apodi, in the state of Ceará, is an expansion area for cotton agribusiness, producing environmental injustice against peasant communities. The study reveals the potential of social maps created through participatory mapping to expose environmental injustice caused by agribusiness. The research aims to demonstrate the environmental injustice triggered by the territorialization of agribusiness in the region through social cartography. A qualitative approach, participatory research, and social cartography are the core procedures for the investigation. The results show that it was possible to demonstrate increased deforestation, areas with a "smell of poison," the incorporation of former goat breeding areas, the deactivation of apiaries and bee deaths, the destruction of social technologies, and the possible contamination of storage tanks for household water. Furthermore, it is evident that environmental injustice can be revealed through participatory mapping processes based on social cartography.
Keywords: Social cartography; Environmental injustice; Agribusiness; Chapada do Apodi.
References
______. MELLO, C. C. A.; BEZERRA, G. N. O que é justiça ambiental. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.
______. VIÉGAS, R. N. Cartografía social en Brasil y en la América Latina: desafíos epistemológicos y metodológicos de mapeos contra-hegemónicos de los espacios y territorios. Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía, v. 31, n. 2, p. 196-210, 2022.
AGUIAR, A. C. P.; RIGOTTO, R. M. Quando o neoextrativismo chega aos corpos e territórios: agronegócio, processos de vulnerabilização e colonialidade. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiba, v. 57, p. 55-78, 2021.
ALMEIDA, D. G.; SOUSA, R. M.; MAIA FILHO, J. C. A sede do agronegócio por água subterrânea no Baixo Jaguaribe-CE. In: FARIA, K. M. S.; TRINDADE, S. P. (Org.). Planejamento e desenvolvimento sustentável em bacias hidrográficas. Goiânia: C&A Alfa Comunicação, 2021. p. 373-384.
ANDRADE, H.; SANTAMARIA, G. Cartografía social, el mapa como instrumento y metodología de la planeación participativa. Fundación La Minga: Calli, 1997.
BRANDÃO, C. R. Participar-pesquisar. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1999. p. 7-14.
CAVALCANTE, L. V. “As firmas tomaram conta de tudo”: agronegócio e questão agrária no Baixo Jaguaribe-CE. 398 f. 2019. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2019.
______. Um novo mal anunciado: a territorialização do agronegócio do algodão transgênico no Ceará. Revista Pegada, Presidente Prudente, v. 22, n. 3, p. 145-169, 2021.
______. CARNEIRO, F. F. Proibição da pulverização aérea de agrotóxicos: implicações da Lei Zé Maria do Tomé na dinâmica produtiva agrícola do Ceará. In: ROCCON, P. C. et al. (Org.). Ambiente, saúde e agrotóxicos: desafios e perspectivas na defesa da saúde humana, ambiental e do(a) trabalhador(a). São Carlos: Pedro & João Editores, 2023. p. 247-278.
COMPANHIA DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS (COGERH). Plano de Gestão Participativa dos Aquíferos da Bacia Potiguar: Estado do Ceará. Fortaleza: Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – COGERH, 2009.
FAITA, M. R.; CHAVES, A.; NODARI, R. O. A expansão do agronegócio: impactos nefastos do desmatamento, agrotóxicos e transgênicos nas abelhas. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiba, v. 57, p. 79-105, 2021.
FERNANDES, B. M. Entrando nos territórios do território. In: PAULINO, E. T.; FABRINI, J. E. (Org.). Campesinato e territórios em disputa. São Paulo: Expressão Popular, 2008. p. 273-301.
FREITAS, C. M.; BARCELLOS, C.; PORTO, M. F. S. Justiça ambiental e saúde coletiva. In: ACSELRAD, H. (Org.). Conflitos ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará: Fundação Heinrich Böll, 2004. p. 245-294.
GOMES, R. Análise e interpretação de dados de pesquisa qualitativa. In: MINAYO, M. C. S.; DESLANDES, S. F.; GOMES, R. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2016. p. 72-95.
GORAYEB, A.; MEIRELES, A. J. A.; SILVA, E. V. Princípios básicos de cartografia e construção de mapas sociais: metodologias aplicadas ao mapeamento participativo. In: ______. (Org.). Cartografia social e cidadania: experiências de mapeamento participativo dos territórios de comunidades urbanas e tradicionais. Fortaleza: Expressão Gráfica Editora, 2015. p. 9-24.
JOLIVEAU, T. O lugar dos mapas nas abordagens participativas. In: ACSELRAD, H. (Org.). Cartografias sociais e território. Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ, 2008. p. 45-69.
MEIRELES, A. J. A. et al. Contribuições da cartografia social para assegurar soberania territorial de comunidades camponesas. In: RIGOTTO, R. M.; AGUIAR, A. C. P.; RIBEIRO, L. A. D. (Org.). Tramas para a justiça ambiental: diálogos de saberes e práxis emancipatórias. Fortaleza: Edições UFC, 2018. p. 279-302.
MELO, L. Nova Fiação confirma investimento de R$ 100 milhões em nova planta fabril. BVMI City Corp, São Paulo, 12 ago. 2019. Disponível em: https://bvmi.com.br/nova-fiacao-confirma-investimento-de-r-100-milhoes-em-nova-planta-fabril/. Acesso em: 26 mai. 2023.
PIGNATI, W. Agronegócio, agrotóxicos e saúde. In: SOUZA, M. M. O.; FOLGATO, C. A. R. (Org.). Agrotóxicos: violações socioambientais e direitos humanos no Brasil. Anápolis: Editora Universidade Estadual de Goiás, 2016. p. 17-45.
PORTO, M. F. S. Uma ecologia política dos riscos: princípios para integrarmos o local e o global na promoção da saúde e da justiça ambiental. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2012.
PORTO-GONÇALVES, C. W. A globalização da natureza e a natureza da globalização. 8. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
______. A reinvenção dos territórios: a experiência latino-americana e caribenha. CECEÑA, A. E. (Org.). Los desafíos de las emancipaciones en un contexto militarizado. Buenos Aires: CLACSO, 2006. p. 151-197.
______. O desafio ambiental. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 2012.
RIGOTTO, R. M. As inter-relações saúde-trabalho-ambiente: conflitos e desafios. In: GEREMIA, D. S.; ALMEIDA, M. E. Saúde coletiva: políticas públicas em defesa do sistema universal de saúde. Chapecó: Ed. UFFS, 2021. p. 235-256.
______. et al. Desvelando as tramas entre saúde, trabalho e ambiente nos conflitos ambientais: aportes epistemológicos, teóricos e metodológicos. In: RIGOTTO, R. M.; AGUIAR, A. C. P.; RIBEIRO, L. A. D. (Org.). Tramas para a justiça ambiental: diálogos de saberes e práxis emancipatórias. Fortaleza: Edições UFC, 2018. p. 163-214.
______. et al. Perímetros irrigados e direitos violados no Ceará e Rio Grande do Norte: "por que a água chega e a gente tem que sair?". Revista Pegada, Presidente Prudente, v. 17, n. 2, p. 122-144, 2016.
______.; LEÃO, F. A. F.; MELO, R. D. A pedagogia do território: desobediências epistêmicas e insurgências acadêmicas na práxis do Núcleo Tramas. In: RIGOTTO, R. M.; AGUIAR, A. C. P.; RIBEIRO, L. A. D. (Org.). Tramas para a justiça ambiental: diálogos de saberes e práxis emancipatórias. Fortaleza: Edições UFC, 2018. p. 345-396.
______.; SANTOS, V. P.; COSTA, A. M. Territórios tradicionais de vida e as zonas de sacrifício do agronegócio no Cerrado. Saúde Debate, Rio de Janeiro, v. 46, n. 2, p. 13-27, 2022.
______. (Org.). Almanaque da Baixo Jaguaribe ou tramas para a afirmação do trabalho, meio ambiente e saúde para a sustentabilidade. Fortaleza: Núcleo Tramas, 2012.
SANTOS, J. J.; SILVA, G. M. Cartografia social: o mapa como construção cultural e exercício de poder. Geografares, Vitória, n. 20, p. 21-29, 2015.
SILVA, R. M. A. Entre o combate à seca e a convivência com o semi-árido: transições paradigmáticas e sustentabilidade do desenvolvimento. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2008.
SOUSA, J. A. Agronegócio e injustiça ambiental na Chapada do Apodi (CE): a convivência precária com o Semiárido na fronteira do capital. 224f. 2023. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Caicó, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55830 Acesso em 15 jan. 2024.
SOUZA, M. J. N. et al. Diagnóstico geoambiental do Baixo Jaguaribe. In: ROSA, M. F.; GONDIM, R. S.; FIGUEIÊDO, M. C. B. (Org.). Gestão sustentável no Baixo Jaguaribe, Ceará. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2006. p. 25-45.
SOUZA, M. L. Ambientes e territórios: uma introdução à ecologia política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2019.
______. Articulando ambiente, território e lugar: a luta por justiça ambiental e suas lições para a epistemologia e a teoria geográficas. Ambientes: Revista de Geografia e Ecologia Política, Francisco Beltrão, v. 2., n. 2, p. 16-64, 2020.
SVAMPA, M. As fronteiras do neoextrativismmo na América Latina: conflitos socioambientais, giro ecoterritorial e novas dependências. São Paulo: Editora Elefante, 2019.
______. Consenso de los Commodities e lenguajes de valoración en América Latina. Nueva Sociedad, n. 244, p. 30-46, 2013.
TETAMANTI, J. M. D. Cartografía Social. Herramienta de intervención e investigación social compleja. El vertebramiento inercial como proceso mapeado. In: TETAMANTI, J. M. D.; ESCUDERO, B. Cartografía social: investigaciones e intervención desde las ciencias sociales: métodos y experiencias de aplicación. 2. ed. Comodoro Rivadavia: Universitaria de la Patagonia, 2014. p. 13-24.
______. Cartografía social: teoría y método. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Biblos, 2018.
VIANA JÚNIOR, M. M.; LOPES, A. R. S. Como matar abelhas: agronegócio e comunidades do Tabuleiro do Norte - Ceará: 2018-2021. Campinas: Pangeia Editorial, 2023.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
- Authors retain the copyright and grant MERCATOR the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License, which allows the sharing of the work with recognition of the authorship of the work and initial publication in this journal.
- Authors are authorized to sign additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g., publish in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
- Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (e.g., in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes as well as increase the impact and citation of the published work (see The Effect of Free Access).
- Authors are responsible for the content of the manuscript published in the journal.