SABERES-FAZERES SOCIOAMBIENTAIS E A COPRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS LOCALIZADOS
Resumo
A coprodução de conhecimentos, por meio dos saberes-fazeres socioambientais, podem construir relações universidade-território de mais proximidade e horizontalidade. Assim, o objetivo desse artigo é refletir sobre a práxis territorial, considerando a importância dos saberes-fazeres socioambientais, como caminho de valorização e ativação das territorialidades. Nosso lugar de pesquisa-ação-reflexão é o Centro de Integração Madre Maria Domênica (CIMMAD), localizado no bairro Padre Ulrico, em Francisco Beltrão (Paraná, Brasil). Como caminho metodológico, desenvolvemos a investigação-ação-participativa (IAP), considerando a perspectiva decolonial, como forma de ressignificar nossos fazeres acadêmicos. Para pesquisar-atuar-refletir sobre o território, escolhemos em conjunto com os sujeitos envolvidos na pesquisa a realização de oficinas e cartografia social. Os resultados nos fazem refletir que esse movimento contribui para leituras de território como lugar de vida, em que relações socioambientais, são fontes importantes para a coprodução de conhecimentos localizados, a partir da construção da ciência popular ou de ciências ‘outras’, comprometidas com a transformação social.
Palavras-chave: Território; IAP; Práxis Territorial
Referências
CARLOS, Ana Fani A. O Lugar no/do mundo. São Paulo, HUCITEC, 1996.
CURY, Mauro J. F. As categorias de território, fronteiras, territorialidades e redes intrínsecas na interdisciplinaridade. In: CURY, Mauro J. F (org). Interdisciplinaridade emterritorialidades transfronteiriças. Curitiba: CRV, 2019, p. 23-34.
SCOBAR, Arturo. Sentipensar con la Tierra: Las Luchas Territoriales y la Dimensión Ontológica de las Epistemologías del Sur. Revista de Antropología Iberoamericana, V 11, N 1, 2016, p. 11 – 32.
FALS BORDA, Orlando. Por la praxis: el problema de cómo investigar la realidad para transformarla. Simposio Mundial de Cartagena, vol. 1, Bogotá, Punta de Lanza – Universidad de Los Andes, 1978, p. 209-249.
FALS BORDA, Orlando. Experiencias teórico-prácticas. In: Una sociología sentipensante para América Latina. Cidade do México: Siglo veintiuno, Clacso, 2015 [1998], p. 303-366.
FLORIANI, Dimas. Por uma epistemologia da diversidade. ResearchGate, janeiro, 2009.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do compromisso. América Latina e educação popular. In: FREIRE, Ana Maria Araujo (org). 1 edição. Paz & Terra, RJ/SP, 2018 [1968].
LEFF, Enrique. Ecologia Política: da desconstrução do capital à territorialização da vida. São Paulo: Editora da Unicamp, 2021.
MARTINS, Jose de Sousa. Fronteira, A degradação do Outro nos confins do humano. São Paulo. Editora Hucitec, 1997.
MIGNOLO, Walter. Os esplendores e as misérias da “ciência”: colonialidade, geopolítica do conhecimento e pluri-versidade epistémica. In: SOUSA SANTOS, Boaventura (org). Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado. São Paulo: Cortez, 2006, p. 639 – 665.
SANDOVAL-FORERO, Eduardo A. Sentipensar intercultural y metodologias para la sustentabilidade de desarrollos otros. Ediciones de la Universidad Autonoma Indigena de México. 2021.
SAQUET, Marcos. Saber popular, práxis territoriais e contra-hegemonia. Rio de Janeiro: Editora Consequência, 2019.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à MERCATOR o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Autores são responsáveis pelo conteúdo constante no manuscrito publicado na revista.



